segunda-feira, 29 de outubro de 2007

o contraditório

tenho pra mim que não podemos ser tão emocionais. não podemos sair chorando por aí. não podemos ter ataques de ciúmes. tenho pra mim que deve existir um senso de razão em todas as nossas atitudes. mas, às vezes, a vida nos surpreende. existem situações que nos colocam à prova. do que realmente somos capazes? existem perguntas para qual não temos respostas. diante de tal situação o que fazer? ficarmos parados? não. essa não é a melhor solução. mas eu disse que não podemos ser emocionais demais... e podemos ser tão racionais? quando você descobre que vai ser pai, imagino que deve acontecer uma explosão de alegria. ficaria muito contente. imagino minha felicidade. mas a vida nos surpreende, não é? ela nos coloca á prova. então, de repente o que era um sonho vira tensão... você vai para o médico e ele lhe dá o seguinte diagnóstico: "Seu filho que vai nascer tem uma doença rara e grave no coração. e, após o parto, terá poucos dias de vida". o que era sonho torna-se um pesadelo. e eu peço a todos que a razão prevaleça sobre a emoção. mas o que é que a gente faz quando o nosso tão sonhado filho, o primeiro, possui uma doença denominada de síndrome de hipoplasia de coração esquerdo (SHCE)? que ele tem apenas meio coração, vez que o lado esquerdo não se desenvolveu? este que é o lado principal do coração, que faz o bombeamento do sangue. uma cardiopatia rara e grave, que mata 95% dos bebês que nascem com a doença no primeiro mês de vida. os outros 5% morrem logo em seguida. o que é que a gente faz? e todas aquelas pessoas que perguntam: como vai o bebê? o que responder? e eu peço que a razão prevaleça sobre a emoção. se assim fosse, o que devia ser feito nesse caso, seria apenas se conformar e aceitar... mas, então, se você sabe que existe uma equipe médica em são paulo que tem conseguido obter cerca de 60% de chances de vida em tais casos? eu disse chances de vida, não há uma garantia que a vida possa ser desenvolvida. o que você faria? e eu que digo que a razão deve prevalecer sobre a emoção. o que eu faria? eu faria o mesmo que esse meu colega. largaria tudo e iria pra são paulo, custe o que custasse, independente do que aconteça, iria lutar pela vida. porque primeiro a gente sente e depois a gente pensa. e existe um abismo entre pensar e sentir. eu acredito que coisas boas vão acontecer, mas tudo depende daquilo que fazemos até lá. por isso devemos fazer sempre o melhor. e o melhor a ser feito é ter fé, é acreditar. e eu que digo que a razão deve prevalecer sobre a emoção. o que sei é o que minha razão diz: nessa hora é melhor deixar o coração falar mais alto, e por mais impossível que seja, por mais que o futuro seja incerto, é preciso arriscar, é preciso acreditar. desejo toda sorte do mundo nessa empreitada. coragem, fé e esperança. vão com Deus e que ele os traga sãos. amém!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

valeu a pena! valerá, sempre!

sonhos e desejos... vontades subtendidas, implícitas, que insistem em se esconder pelas entrelinhas de mensagens transmitidas em cada gesto, em cada olhar, em cada palavra...
uma hora toda essa verdade, toda essa vontade iria emergir e vir à tona. os sonhos, os desejos teimavam em divergir. alguns se encontravam e se abraçavam. estes tornavam-se mais possíveis de sua realização. mas o sonho é abstrato. não existe a não ser no mundo das idéias de Platão. é preciso transformá-lo em realidade, torná-lo coisa, concreto... e tudo isso pode acontecer de várias formas. e o modo como você constrói um sonho é que dimensiona o valor de tudo isso. a vida exige o risco. e, então, todos se arriscaram. inclusive eu. tudo parecia muito natural, pelo menos inicialmente. isso porque tive que tomar uma decisão e ela mudaria o rumo de todos os acontecimentos. o que era natural transformava-se em algo meio indigesto. a tensão tomava conta de todos, os ânimos exaltavam-se... e o que teimava em se camuflar, explode de vez: uma rivalidade jamais vista. olhares violentos, condutas explosivas. e os gestos, estes sim revelavam tudo que permanecia subtendido. não tinha mais dúvida. sabia que havia começado uma guerra. muitos sangraram, outros, como eu, saíram feridos. sabia que a minha atitude era um tanto perigosa, mas foi a melhor que pude. tomei uma decisão. comuniquei. naquela hora imagens e sonhos eram desfeitos. pessoas constrangidas, outras perplexas. o que sei é que faria tudo de novo. na verdade, o que estava em conflito era um desejo pessoal meu e um sentimento de gratidão, de reconhecimento, de muito carinho para com uma pessoa. esta que cativou todo o meu afeto, toda a minha amizade. sacrifiquei o meu desejo. exaltei a amizade. aos que com a minha decisão foram prejudicados meu pesar, aos que não a compreenderam o que poderei fazer? então, finalmente, chegou o dia do choque, da batalha. como já disse, muitos sangraram, outros ficaram feridos. o que sei é que tentei fazer o meu melhor. acredito que aqueles que cairam vão se levantar, os que ficaram zonzos vão se recuperar e os que ficaram de pé, estes sim estarão próximos de um futuro grandioso. acredito que sempre coisas boas vão acontecer e é por isso que devemos fazer o nosso melhor. e o meu melhor foi abrir mão de um desejo pessoal para sedimentar de vez uma amizade que não vai passar. valeu a pena! valerá, sempre!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Sentimental

Los Hermanos: estes caras escrevem umas coisas... escrevem o que sentem, talvez por isso a sua música, antes jingle das multidões na voz de ana júlia, foi ganhando qualidade (olha que ana júlia é bom!!!). elas falam de sentimentos, tudo simples e nós complicamos... mas vista pelos olhos de quem está de fora da situação parece tão fácil
mas se é de sentimentos... então, observe a letra dessa música

SeNtImEnTaL
Composição: Rodrigo Amarante

O quanto eu te falei que isso vai mudar
Motivo eu nunca dei
Você me avisar, me ensinar, falar do que foi pra você,
Não vai me livrar de viver
Quem é mais sentimental que eu?
Eu disse e nem assim se pôde evitar.
De tanto eu te falar você subverteu o que era um sentimento e assim
Fez dele razão
Pra se perder no abismo que é pensar e sentir
Ela é mais sentimental que eu!
Então fica bem
Se eu sofro um pouco mais.
"Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente.
Se ela te fosse direta, você a rejeitaria."
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
Eu sei, não é assim, mas deixa
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Déjà vu

aquele era um dia decisivo. sabia disso e por isso estava ansioso. sabia o que estava por acontecer, mas não poderia prever aquele final. confesso, não queria prever aquele final (esse era o meu real desejo, por mais que isso me custasse). olhava para os lados, queria disfarçar minha tensão. acho que conseguia. e a brisa soprava como se fosse uma tentativa de acalmar o coração. procurava conversar, esperava pela chuva. tudo era em vão. de repente, o momento tão esperado. esperei que o coração acelerasse. ele acelerou. mas já não foi mais como antes. o coração disparou, mas logo retomou às suas batidas regulares. só que dessa vez se protegeu. mantive uma certa distância, acho até que compreensível. às vezes parece que essas atitudes são extremamente frias, calculadas. mas tudo aquilo tinha um custo. uma avalanche de sensações e pensamentos sobre mim. e o que fazer? deixei tudo acontecer. senti, pensei e agi. e é assim que deve ser: a razão que sente. claro que os erros ainda vão acontecer, que podem estar acontecendo, podem ter acontecido. mas não vai ser mais como antes... a reação agora é imediata porque o tempo não pára para que a gente possa se reconstruir. então, aquele momento que esperava chegou. e passou. pois a vida é assim: feita de momentos que passam, lembranças, mas sobretudo do presente. mas ainda podia sentir que ainda havia algo ali. talvez adormecido. mas sei que já não era mais o mesmo. foi uma linda paixão. então, sabia que definitivamente era a hora de recomeçar...