terça-feira, 27 de janeiro de 2009

> talvez fosse a hora de você voltar?
- não sei. ainda tenho dúvidas.
> posso te ajudar?
- sim. não me deixe. isto já é o suficiente. e por enquanto é tudo o que você pode fazer por mim.
> ficarei com você em pensamento. espero que volte logo, estou com muitas saudades.
- sim. te agradeço por isso. não sabe o bem que me faz! eu também sinto sua falta. tentarei retornar o mais breve possível, porém não entenda isso como uma promessa. sabe bem que não gosto delas. na maioria das vezes não as cumpro.
> sei sim. mas pelo menos já sabe como encontrar a resposta que procuras?
- rsrs. não é isso. a resposta eu já encontrei. a demora é porque agora estou decidindo o que fazer com ela. não quero cometer os mesmos erros do passado.
> ah! isso é bom! quer dizer que aprendeu. espero que tome a melhor decisão.
- eu também.
> tchau! tenho que ir agora.
- tudo bem. depois a gente se fala. tchau!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

a velha casca seca, grossa, resistente e flexível voltou. sintomas antigos retornaram: frio, uma dor aguda e a sensação de estar perdido. talvez, por isso este que vos escreve perdeu a visão, está ouvindo mal. e já não quer mais falar.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Sobre o tempo (pela segunda vez)...

Não me interessa ser repetitivo, mas se fez necessário, uma vez mais, postar esta poesia. É uma das grandes verdades sobre o tempo: ele não pára.
ÚLTIMA PÁGINA
(Flora Figueiredo, do livro Chão de Vento)
Mais uma vez o tempo me assusta.
Passa afobado pelo meu dia,
Atropela minha hora,
Despreza minha agenda.
Corre prepotente,
A disputar lugar com a ventania.
O tempo envelhece, não se emenda.
Deveria haver algum decreto
Que obrigasse o tempo a desacelerar
E a respeitar meu projeto.
Só assim, eu daria conta
Dos livros que vão se empilhando,
Das melodias que estão me aguardando,
Das saudades que venho sentindo,
Das verdades que ando mentindo,
Das promessas que venho esquecendo,
Dos impulsos que sigo contendo,
Dos prazeres que chegam partindo,
Dos receios que partem voltando.
Agora, que redijo a página final,
Percebo o tanto de caminho percorrido
Ao impulso da hora que vai me acelerando.
Apesar do tempo, e sua pressa desleal,
Agradeço a Deus por ter vivido,
Amanhecer e continuar teimando ...

parece que ele finalmente encontrou a resposta...

parece que ele finalmente encontrou a resposta para o problema que tanto o atormenta: a mania extremamente racional de ver as coisas. fiquei surpreso quando me contou. bastante comovente e emocionante foi o seu relato. desta vez não me sinto como um cientista a analisar fatos e a publicar suas teorias. agora mais pareço um padre, totalmente desnorteado, que não soube como aconselhar ele que tanto me pediu a ajuda. espero que ele, agora, possa encontrar a paz. e, sinceramente, que eu a encontre também.