quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

enquanto não passa...

já faz algum tempo que o meu sorriso sai meio sem graça.
"acabou-se o que era doce".
esse olhar, um tanto melancólico, que me foi posto parece não combinar muito comigo. pelo menos eu não gosto muito do que vejo: não ando conseguindo fazer graça dos meus desacertos.
a poeira anda se espalhando pelos cantos.
e esse olhar triste me incomoda. mas esta roupa que me veste parece pesada demais. andei pensando o que poderia fazer. os dias vão passando. ainda não sei muito bem. mas logo me veio a mente uma idéia que me agradou e deixou um pouco mais leve esta farda que visto.
gosto muito de música, por isso as faço o tempo todo, a toda hora...
procuro retirar melodia ou som de qualquer ruído... e depois deixo me encantar pela obra realizada. por desleixo, nunca aprendi a escrever as músicas que fiz.
e em uma tentativa vã, resolvi dar letras para as músicas que fazia. as letras permaneceram, mas as músicas foram perdidas porque a memória não conseguia armazenar toda a produção...
decidi, então, que vou postar algumas letras para que elas não se percam também.

(a música foi feita em 01 de maio de 2007. ela se perdeu, mas aí está a letra.)
Eu pensei que fosse durar,
Pois existem coisas que duram pra sempre.
Mas você se foi

e eu tive que te ver partir.
E por mais difícil que seja
vai ser assim...
Eu sei

vai demorar,
Mas tudo tem o seu tempo
e o meu ainda vai chegar.
Mas se você voltar
e eu ainda estiver aqui.
Não diga nada,

apenas me abrace.
Isso basta.
Mas se você voltar e não me encontrar?
Quem poderia imaginar?
Nem o mais otimista dos mortais (nem você).
Muito menos eu.
Se isso acontecer... É da vida.
Adeus!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

"moratória" in stand by

de repente você é surpreendido. isso é bom. ruim é quando se trata de uma supresa desagradável. nunca estamos esperando por ela. até mesmo eu que tomo extrema cautela para evitar tais acontecimentos. mas mais uma vez fui surpreendido: levei um tapa na cara e doeu bastante. logo, veio uma vontade de chorar, mas passou. parei, repirei, pensei e me acalmei. acontece que a dor permanecia.

hoje a tarde, conversava com maria e percebi que aquela não era a maior dor que se poderia sentir, haviam outras mais cruéis. então, pensei como era sortudo e agradeci em pensamento. mesmo assim, não podia negar e ninguém podia: a minha dor podia não ser a maior, mas era minha. e a minha cumpria o seu fim, doía. não queria sentir, mas sentia. diferente de todas as outras dores, esta foi causada por mim mesmo. e a dor da culpa é algo difícil de se carregar.

é complicado lidar com uma situação em que todos apostam em você (inclusive você mesmo) e no fim tudo dá errado porque você simplesmente ficou "disperso" por alguns momentos (infelizmente cruciais). é complicado quando você decepciona as pessoas, mas talvez seja muito mais quando você decepciona a si mesmo.

esta é dor que eu carrego, esta é a culpa que eu trago comigo. essa é a dor que me consome e grita no meu peito. com certeza não é a maior dor, mas é a que me dói, é a que eu sinto na pele.

divagando um pouco mais, quero dizer que é bom receber elogios, mais ainda quando eles são merecidos. tenho recebido muitos elogios, talvez mereça alguns, outros com certeza não. talvez esteja sendo muito duro comigo mesmo. talvez esteja mesmo, mas acho que se faz preciso. claro que não é a derrota que me incomoda, mas é a forma como me deixei derrotar.

alguns dirão que fui longe, fui bem e que um dia eu vou chegar lá. claro que não adianta se apressar (e eu não me apresso), continuo com a certeza de que estou fazendo a coisa certa. mas também não tenho como negar de que a vida muitas vezes apressa as circunstâncias (sejam elas boas ou ruins). e nesse momento conturbado em que estou, o que me resta é suportar a dor, pois existem muitas outras coisas mais importantes a fazer....

P.S.: quando comecei a escrever este texto estava pensando em algo com uma 'moratória", mas pensei melhor e vi que não valia à pena, não seria justo. mas confesso, quando fraquejo, a idéia me aparece e aos poucos a deixo se consolidar (assim justifico o título deste post).

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Vento Novo

VENTO NOVO (Flora Figueiredo)
Estava enrolada
em teias e traças,
debaixo da escada,
lá no subsolo
da casa fechada.
Começava a tomar ares de desgraça.
Manchada do tempo,
fenecia
a esperar que um dia
alguma coisa acontecesse.
Antes que se perdesse completamente,
sentiu passar um vento cor-de-rosa.
Toda prosa, espanou a bruma,
pintou os lábios
e sem vergonha nenhuma
caprichou no recorte do decote.
A felicidade volta à praça
cheia de dengo e de graça,
com perfume novo no cangote.

Natiruts Reggae (minha mistura)

A qualquer hora o mundo pode confundir sua cabeça.
É preciso ter amor para enfrentar o que aconteça.
Se a pressão te impede de ter a cabeça boa, é preciso ter coragem e aprender a voar.
Olhe vá em frente. Não se esqueça: liberdade dentro da cabeça!
E a cabeça fora do que há de mal pra você...
Use a inteligência agora pelo mundo afora, saiba quem te adora e quem quer te ver partir.
O sentimento mora no coração e é o que te ensina a agir.
Eu digo não chore meu amor que a lua brilhou no escuro do céu, que o som acalenta teu corpo cansado, que o sonho da gente não morre jamais...
Sintonize sua vibração. Não há tempo pra viver em vão e não pense mais em desistir.
Existe um mundo que só quer te ver sorrir...
Liberdade pra dentro da cabeça!
Liberdade pra dentro da cabeça!