quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Noções I

Será possível que uma pessoa que está a quilômetros de onde estou agora esteja tão perto de mim? E quando digo tão perto quero dizer "dentro de mim, quero dizer que não sou mais eu, mas que sou eu + ela, quero dizer algo tão próximo como se não fôssemos mais duas pessoas, mas agora apenas uma. Será isso possível?
Porque se for, acho que perdi a minha noção de espaço.
Acho, não. Tenho certeza.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ultimo romance (Los Hermanos)

Eu encontrei quando não quis
Mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr'eu merecer
Antes um mês e eu já não sei

E até quem me vê lendo o jornal
na fila do pão, sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais
Que é tão diferente assim
do nosso amor a gente é que sabe, pequena

Ah vai!
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
Afim de te acompanhar
E se o caso for de ir á praia eu levo essa casa numa sacola

Eu encontrei e quis duvidar
Tanto clichê deve não ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor

E só de te ver eu penso em trocar
A minha TV num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for
Que pra nós dois
Sair de casa é se aventurar

Ah vai, me diz o que é o sossego
Que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
Eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Vidência

"O lance do futuro é que quando você olha pra ele, ele muda. E aí muda todo o resto"
(trecho retirado do filme O Vidente)

Idéias que sempre martelaram muito a minha cabeça: destino e livre-arbítrio. Até hoje não tenho opinião formada sobre o assunto: idéias opostas ou complementares ou sinônimas? Ainda não sei. As circunstâncias me levam a uma constante divagação sobre o tema.
O filme citado acima me "revelou" que nós somos videntes.
Dia desses vi o meu futuro. Constatei uma ausência. Incrível, isso!
Olhei para o futuro e ele mudou. E tudo mudou.
É engraçado como a gente nunca aceita o que está por vir. Vi meu futuro e o modifiquei.
Fiquei pensando se eu tinha alguma escolha ou se era a única coisa a ser feita.
Hoje me parece que a vida, na sua maior parte, se constitui de uma série de eventos desconexos e sem importância, mas que no final revelam-se num enredo fantástico e com um objetivo bem definido.
Eu vi o meu futuro. Acredito que todos possam fazer o mesmo.
O que me intriga é que apesar de ter escolhido o meu futuro (depois de tê-lo visto) e agora olhando para ele no passado, percebo que o presente não poderia ter sido diferente.
E isso é destino!