segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Déjà vu

aquele era um dia decisivo. sabia disso e por isso estava ansioso. sabia o que estava por acontecer, mas não poderia prever aquele final. confesso, não queria prever aquele final (esse era o meu real desejo, por mais que isso me custasse). olhava para os lados, queria disfarçar minha tensão. acho que conseguia. e a brisa soprava como se fosse uma tentativa de acalmar o coração. procurava conversar, esperava pela chuva. tudo era em vão. de repente, o momento tão esperado. esperei que o coração acelerasse. ele acelerou. mas já não foi mais como antes. o coração disparou, mas logo retomou às suas batidas regulares. só que dessa vez se protegeu. mantive uma certa distância, acho até que compreensível. às vezes parece que essas atitudes são extremamente frias, calculadas. mas tudo aquilo tinha um custo. uma avalanche de sensações e pensamentos sobre mim. e o que fazer? deixei tudo acontecer. senti, pensei e agi. e é assim que deve ser: a razão que sente. claro que os erros ainda vão acontecer, que podem estar acontecendo, podem ter acontecido. mas não vai ser mais como antes... a reação agora é imediata porque o tempo não pára para que a gente possa se reconstruir. então, aquele momento que esperava chegou. e passou. pois a vida é assim: feita de momentos que passam, lembranças, mas sobretudo do presente. mas ainda podia sentir que ainda havia algo ali. talvez adormecido. mas sei que já não era mais o mesmo. foi uma linda paixão. então, sabia que definitivamente era a hora de recomeçar...