quinta-feira, 25 de outubro de 2007

valeu a pena! valerá, sempre!

sonhos e desejos... vontades subtendidas, implícitas, que insistem em se esconder pelas entrelinhas de mensagens transmitidas em cada gesto, em cada olhar, em cada palavra...
uma hora toda essa verdade, toda essa vontade iria emergir e vir à tona. os sonhos, os desejos teimavam em divergir. alguns se encontravam e se abraçavam. estes tornavam-se mais possíveis de sua realização. mas o sonho é abstrato. não existe a não ser no mundo das idéias de Platão. é preciso transformá-lo em realidade, torná-lo coisa, concreto... e tudo isso pode acontecer de várias formas. e o modo como você constrói um sonho é que dimensiona o valor de tudo isso. a vida exige o risco. e, então, todos se arriscaram. inclusive eu. tudo parecia muito natural, pelo menos inicialmente. isso porque tive que tomar uma decisão e ela mudaria o rumo de todos os acontecimentos. o que era natural transformava-se em algo meio indigesto. a tensão tomava conta de todos, os ânimos exaltavam-se... e o que teimava em se camuflar, explode de vez: uma rivalidade jamais vista. olhares violentos, condutas explosivas. e os gestos, estes sim revelavam tudo que permanecia subtendido. não tinha mais dúvida. sabia que havia começado uma guerra. muitos sangraram, outros, como eu, saíram feridos. sabia que a minha atitude era um tanto perigosa, mas foi a melhor que pude. tomei uma decisão. comuniquei. naquela hora imagens e sonhos eram desfeitos. pessoas constrangidas, outras perplexas. o que sei é que faria tudo de novo. na verdade, o que estava em conflito era um desejo pessoal meu e um sentimento de gratidão, de reconhecimento, de muito carinho para com uma pessoa. esta que cativou todo o meu afeto, toda a minha amizade. sacrifiquei o meu desejo. exaltei a amizade. aos que com a minha decisão foram prejudicados meu pesar, aos que não a compreenderam o que poderei fazer? então, finalmente, chegou o dia do choque, da batalha. como já disse, muitos sangraram, outros ficaram feridos. o que sei é que tentei fazer o meu melhor. acredito que aqueles que cairam vão se levantar, os que ficaram zonzos vão se recuperar e os que ficaram de pé, estes sim estarão próximos de um futuro grandioso. acredito que sempre coisas boas vão acontecer e é por isso que devemos fazer o nosso melhor. e o meu melhor foi abrir mão de um desejo pessoal para sedimentar de vez uma amizade que não vai passar. valeu a pena! valerá, sempre!