quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

parada obrigatória

e mais uma vez chegamos ao fim do ano. é tempo de agradecer. e eu agradeço por tudo que passei, por tudo que vivi, pois tudo que passou me fez uma pessoa melhor. e, então, nesse momento da caminhada... chega a hora de dá uma parada...olhar pra trás e vê o caminho que foi percorrido...refletir...pensar... para poder seguir em frente. vê os erros e acertos do trajeto. refazer planos ou prosseguir com eles. e aqui parado...olhar para frente e 'perceber que a estrada vai além do que se vê'.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Saudades Direito 10C Noite CEUT!

ontem foi um dia especial. encerrou-se um ciclo de cinco anos. era a última prova. talvez, poucos entendessem que ali fosse o fim. pessoas que se encontraram e que agora tendem a buscar novos caminhos. o que é muito natural. então, olhava para os lados e apenas observava todas aquelas pessoas a quem aprendi a conviver. aprendi a gostar. e então, o meu peito apertava porque eu sabia que tudo estava terminando. Inocêncio não é que eu não sabia as questões da prova, mas era a saudade que começava a martelar no meu peito e não me deixava pensar. e ali do canto da sala eu podia observar tudo. e era só isso que eu queria fazer. olhar para todos aqueles que conquistaram um lugar cativo no meu coração. então, a prova acabou. todos saíam da sala. e eu esperei até que a sala ficasse vazia. e ela ficou. o ciclo se encerrou. fui para casa. e pensava em tudo aquilo. pensava em todos que por ali passaram. é Thiago! eu também acredito: uma pessoa faz diferença na nossa vida. e o ceut passou. e cinco anos depois a minha vida estava diferente, muito diferente. agradeço a todos. obrigado. (e se eu disser que uma lágrima escorreu no meu rosto quando acabei de escrever isto não estarei mentindo...)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

a vida não é uma roda gigante - conclusão

como já disse antes, acreditar naquele idéia de a vida ser uma grande roda gigante ser algo profundamente pessimista... agora tenho pra mim uma visão mais clara sobre o assunto.
o mundo não é o centro da sua vida, mas sim você. tenho que seja mais ou menos assim:
a vida é você em uma caminhada. o destino é sempre o mesmo, mas os caminhos que tomamos são sempre diferentes. podemos escolher caminhos mais curtos, mais longos; um mais fácil ou mais difícil. podemos até andar em círculos (por isso a sensação da roda gigante...), mas é a gente que escolhe a direção. podem surgir imprevistos, surpresas desagradáveis ou boas durante o percurso... mas isso não muda o fato de que é a gente que escolhe o caminho a seguir. a escolha é sempre nossa. a gente escolhe o caminho. se acredito em destino? é claro. o destino da vida é terminar, mas a forma como você viveu, essa sim é que vale, é que importa. por isso sobre a vida penso que ela seja um caminho a ser percorrido, com o detalhe que você escolhe a forma, a velocidade e o modo como vai caminhar. boa viagem!!!!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

são raimundo nonato - as lições

a vida é feita pra se aprender. de tudo que a gente faz, de tudo que acontece a gente deve tirar lições. algumas a gente até sabe. mas como entre saber e fazer tem uma certa distância... aí vai algumas das lições que tirei nessa viagem pra são raimundo:
1 - dê valor a amizade. tudo fica melhor, tudo fica mais fácil quando se tem os amigos por perto. (se você já sabia disso, valorize ainda mais, pois nunca é demais ter fé nos amigos!!!)
2 - valorize a sua vida. a gente reclama de tudo, mas nunca vê que existem milhões de pessoas que dariam tudo para estar no nosso lugar. para gente "o que é demais nunca é o bastante". é preciso ter mais consciência e valorizar aquilo que temos, aquilo que somos...
3 - fuja da rotina. a rotina aprisiona você, faz com que o tempo pareça passar mais rápido. são raimundo nonato foi algo totalmente inusitado e revelador. uma aventura nunca antes imaginada. posso dizer, sem nenhuma dúvida, que lá o dia tinha 39 horas... e a noite... a noite a gente não perdia tempo dormindo. e olha que no outro dia ninguém tava com sono...
De tudo que aconteceu, posso dizer que amizades tornaram-se mais fortes...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

viagem a São Raimundo Nonato - parte III

já estávamos perto do topo. saltamos algumas pedras. uma pequena escalada... então, o vento soprava. já não havia mais o mesmo calor que tinha lá embaixo... o silêncio era impressionante. podia ouvir os ruídos que a brisa trazia. era eu e mais dez pessoas. finalmente, estava no alto da montanha. olhei e vi... era inacreditável. estava no topo do paredão que tinha avistado e que refletia as luzes do sol. aproximei-me um pouco mais. havia esquecido completamente a minha fobia por altura. olhei e vi algo que pensava ser absurdo. estava no sertão do piauí, no alto da montanha. eu vi o mar no sertão do piauí. ele era branco e se perdia pelo horizonte. meu olhar também se perdia. era um cenário encantador. a paz invadia o meu coração. o silêncio era música. então, fechei os olhos. agradeci muito. por tudo, por todas as coisas que aconteciam na minha vida. rezei. pedi também. quando olhei para o lado, vi que não era apenas eu, todos estavam ali refletindo. aquela escalada nos ensinou, nos fez pensar. a forma como deve ser feito. viver bem. traçar metas, esforçar-se para cumprir, alcançar os resultados, vencer os obstáculos. todo aquele percurso ensinou que para se chegar ao topo é preciso muito suor, muito sacrifício. nada vem por acaso. mostrou, também, que o que parecia ser um lugar sem vida, inóspito, poderia dizer hóstil, na verdade era um dos lugares mais bonitos que já vi. não me esquecerei jamais daquele mar, daquela luz, daquele vento. a forma como via aquilo tudo mudava ali. percebi que pode-se enxergar a vida por diversos ângulos. cada um vai dar-lhe uma visão diferente sobre a realidade, cada um vai lhe contar um história. não posso negar, prefiro esta: a beleza do sertão, a vida, a imensidão do mar branco. porém, não posso esquecer que na vida também existem espinhos, pedras, obstáculos. todos à espera de que alguém venha os desafiá-los. e será preciso se quiser chegar no alto. a tarefa é difícil. enfrente seus medos, teste seus limites e siga em frente. viva. experimente todas as formas de sentir. o mundo está repleto de sensações. abra os braços para o mundo, deixe o vento bater no seu rosto e sinta a sensação mais prazerosa que existe: a de está vivo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Viagem a São Raimundo Nonato - parte II

estávamos indo para o sítio da pedra furada. finalmente ia conhecer o que se chama de os primórdios da civilização americana. no ônibus, o ar condicionado quebrado fazia com que sentissemos ainda mais o calor daquele lugar. pela janela observava aquela mata seca, cinza, aquele chão rachado. algumas vezes avistava um pouco de verde. parecia que não havia vida por ali. o homem teimava e desafiava o insuportável. a vida ali era extremamente complicada. quando, de repente, vi um grande paredão. ele era lindo. dava um grande realce naquele lugar inóspito. o sol refletia e iluminava ainda mais aquela região. e aquecia mais também. finalmente, chegamos ao local programado. os guias nos propuseram realizar um tour apenas para conhecer as paisagens naturais. quando nós pulamos aquela cerca, devia ter imaginado o que aconteceria. subimos alguns degraus naturais. dávamos início a uma escalada. formamos grupos de 10 e subimos. aquilo parecia ser complicado. cada vez mais longe do chão. tudo aquilo tornava-se, agora, um grande desafio. queríamos testar os nossos limites. dizem que o sofrimento aproxima as pessoas. era verdade. a cada subida, tudo ficava mais íngrime. tornava-se cada vez mais difícil. mais era difícil não olhar para os lados e não se admirar com aquele cenário. era tudo muito lindo. mais aquela escalada testava os nossos limites. então, dois amigos ficaram pelo meio do caminho e esperaram um novo guia para retornarem. não desistiram, apenas sabiam que só poderiam ir até ali. já não dava mais para eles. outra menina sim, esta desistiu. tinha medo de altura. mal sabia ela que eu também tinha. só não me lembrava disso. aquela sensação de aventura tomava conta de mim. foi quando o guia disse que tínhamos chegado ao ponto mais complicado daquela jornada. tinhamos que passar por uma 'quase' fenda, estreita... próximo a queda. era olhar para o lado e vê o nada, ou melhor, o espaço sem ter para onde se apoiar. eu não sabia voar. tomei cuidado. estava com uma mochila. tentei passar. a mochila prendeu no teto. recuei e a coloquei na minha barriga. dessa vez, foram minhas costas que arranhavam na pedra. pensei em parar, mas voltar já era muito difícil e muito mais perigoso, quer dizer, não era mais possível. então, num impulso, comecei a jogar a mochila pedra por pedra e subia, jogava a mochila e subia, jogava e subia. quando olhei e vi o que tinha feito me assustei. olhava para os outros. todos estavam admirados e me chamando de louco. com certeza, em condições normais, não faria aquilo. contínuamos. a caminhada tornava-se mais leve. suava, tinha sede. e toda a água que bebia, transpirava pela pele. era incrível. aquilo era demais pra mim... CONTINUA...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Viagem a São Raimundo Nonato I

o calor era tão insuportável que me fazia sentir saudades daquele cruzamento das avenidas Miguel Rosa e Frei Serafim às duas horas da tarde. mas não era só isso. tudo que eu via me incomodava. a miséria estava diante dos meus olhos. casas de taipa, ruas sem calçamento, crianças no meio da rua, cachorros, animais... a cidade se confundia, de repente, era um deserto, às vezes, parecia um pequena vila... a cidade parecia abandonada, e de fato estava... aquilo tudo já estava me assustando. tudo que eu via me fazia mal. nunca estive tão próximo de um ambiente tão miserável quanto aquele. mas sentia sede e não havia água. sentia fome. e lembro bem do lugar em que almoçamos: o sal que temperava a carne estava no chão próximo a uma cadela, que mais parecia uma leitoa (imagine as condições do tal ambiente), lembro das linhas penduradas no teto segurando sacos d'água para afugentar as moscas... mas lembro que o local era um tanto repugnante. lembro bem do cara sentado na calçada da "churrascaria" dizendo 'esse b... é um cara de sorte, nunca que ele recebeu tanta gente, e só mulher e rapaz de fora, tudo turista". e o suor daquele cara tornou o gosto daquela comida um tanto mais saborosa. aquele era o retrato da necessidade... o sabor daquela comida estava repleto do tempero mais importante: a fome. nós estávamos famintos. e isso nos bastava. então fomos ao berço do homem americano. o caminho era um pouco mais afastado da cidade. nós ainda estávamos na cidade.(que cidade era aquela!!!!). poeira... o clima quente e insuportável tornava tudo mais difícil. os galhos secos, retorcidos pareciam querer nos agredir. e os que os meus olhos viam era um ambiente hostil... ultrapassar aquilo tudo seria um verdadeiro sacrifício. tinha sede, e não havia água. apenas terra, poeira e aqueles galhos que nos fitavam querendo nos expulsar. imaginava o desespero de todo aquele povo... fome, sede e todo aquele calor insuportável. estávamos em novembro e já fazia meses que não chovia por ali. a terra rachada... meus problemas pereciam tão pequenos perto daqueles que eu via. eu estava no sertão do piauí. e tudo aquilo que eu via era assustador. o ambiente seco, quente, hostil, desagradável, desumano. eu não queria estar ali. eu não sabia mais o que eu estava fazendo ali. tudo o que eu via me pertubava. abria os olhos cada vez mais. era a parte da realidade que eu não conhecia... CONTINUA...

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

o contraditório

tenho pra mim que não podemos ser tão emocionais. não podemos sair chorando por aí. não podemos ter ataques de ciúmes. tenho pra mim que deve existir um senso de razão em todas as nossas atitudes. mas, às vezes, a vida nos surpreende. existem situações que nos colocam à prova. do que realmente somos capazes? existem perguntas para qual não temos respostas. diante de tal situação o que fazer? ficarmos parados? não. essa não é a melhor solução. mas eu disse que não podemos ser emocionais demais... e podemos ser tão racionais? quando você descobre que vai ser pai, imagino que deve acontecer uma explosão de alegria. ficaria muito contente. imagino minha felicidade. mas a vida nos surpreende, não é? ela nos coloca á prova. então, de repente o que era um sonho vira tensão... você vai para o médico e ele lhe dá o seguinte diagnóstico: "Seu filho que vai nascer tem uma doença rara e grave no coração. e, após o parto, terá poucos dias de vida". o que era sonho torna-se um pesadelo. e eu peço a todos que a razão prevaleça sobre a emoção. mas o que é que a gente faz quando o nosso tão sonhado filho, o primeiro, possui uma doença denominada de síndrome de hipoplasia de coração esquerdo (SHCE)? que ele tem apenas meio coração, vez que o lado esquerdo não se desenvolveu? este que é o lado principal do coração, que faz o bombeamento do sangue. uma cardiopatia rara e grave, que mata 95% dos bebês que nascem com a doença no primeiro mês de vida. os outros 5% morrem logo em seguida. o que é que a gente faz? e todas aquelas pessoas que perguntam: como vai o bebê? o que responder? e eu peço que a razão prevaleça sobre a emoção. se assim fosse, o que devia ser feito nesse caso, seria apenas se conformar e aceitar... mas, então, se você sabe que existe uma equipe médica em são paulo que tem conseguido obter cerca de 60% de chances de vida em tais casos? eu disse chances de vida, não há uma garantia que a vida possa ser desenvolvida. o que você faria? e eu que digo que a razão deve prevalecer sobre a emoção. o que eu faria? eu faria o mesmo que esse meu colega. largaria tudo e iria pra são paulo, custe o que custasse, independente do que aconteça, iria lutar pela vida. porque primeiro a gente sente e depois a gente pensa. e existe um abismo entre pensar e sentir. eu acredito que coisas boas vão acontecer, mas tudo depende daquilo que fazemos até lá. por isso devemos fazer sempre o melhor. e o melhor a ser feito é ter fé, é acreditar. e eu que digo que a razão deve prevalecer sobre a emoção. o que sei é o que minha razão diz: nessa hora é melhor deixar o coração falar mais alto, e por mais impossível que seja, por mais que o futuro seja incerto, é preciso arriscar, é preciso acreditar. desejo toda sorte do mundo nessa empreitada. coragem, fé e esperança. vão com Deus e que ele os traga sãos. amém!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

valeu a pena! valerá, sempre!

sonhos e desejos... vontades subtendidas, implícitas, que insistem em se esconder pelas entrelinhas de mensagens transmitidas em cada gesto, em cada olhar, em cada palavra...
uma hora toda essa verdade, toda essa vontade iria emergir e vir à tona. os sonhos, os desejos teimavam em divergir. alguns se encontravam e se abraçavam. estes tornavam-se mais possíveis de sua realização. mas o sonho é abstrato. não existe a não ser no mundo das idéias de Platão. é preciso transformá-lo em realidade, torná-lo coisa, concreto... e tudo isso pode acontecer de várias formas. e o modo como você constrói um sonho é que dimensiona o valor de tudo isso. a vida exige o risco. e, então, todos se arriscaram. inclusive eu. tudo parecia muito natural, pelo menos inicialmente. isso porque tive que tomar uma decisão e ela mudaria o rumo de todos os acontecimentos. o que era natural transformava-se em algo meio indigesto. a tensão tomava conta de todos, os ânimos exaltavam-se... e o que teimava em se camuflar, explode de vez: uma rivalidade jamais vista. olhares violentos, condutas explosivas. e os gestos, estes sim revelavam tudo que permanecia subtendido. não tinha mais dúvida. sabia que havia começado uma guerra. muitos sangraram, outros, como eu, saíram feridos. sabia que a minha atitude era um tanto perigosa, mas foi a melhor que pude. tomei uma decisão. comuniquei. naquela hora imagens e sonhos eram desfeitos. pessoas constrangidas, outras perplexas. o que sei é que faria tudo de novo. na verdade, o que estava em conflito era um desejo pessoal meu e um sentimento de gratidão, de reconhecimento, de muito carinho para com uma pessoa. esta que cativou todo o meu afeto, toda a minha amizade. sacrifiquei o meu desejo. exaltei a amizade. aos que com a minha decisão foram prejudicados meu pesar, aos que não a compreenderam o que poderei fazer? então, finalmente, chegou o dia do choque, da batalha. como já disse, muitos sangraram, outros ficaram feridos. o que sei é que tentei fazer o meu melhor. acredito que aqueles que cairam vão se levantar, os que ficaram zonzos vão se recuperar e os que ficaram de pé, estes sim estarão próximos de um futuro grandioso. acredito que sempre coisas boas vão acontecer e é por isso que devemos fazer o nosso melhor. e o meu melhor foi abrir mão de um desejo pessoal para sedimentar de vez uma amizade que não vai passar. valeu a pena! valerá, sempre!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Sentimental

Los Hermanos: estes caras escrevem umas coisas... escrevem o que sentem, talvez por isso a sua música, antes jingle das multidões na voz de ana júlia, foi ganhando qualidade (olha que ana júlia é bom!!!). elas falam de sentimentos, tudo simples e nós complicamos... mas vista pelos olhos de quem está de fora da situação parece tão fácil
mas se é de sentimentos... então, observe a letra dessa música

SeNtImEnTaL
Composição: Rodrigo Amarante

O quanto eu te falei que isso vai mudar
Motivo eu nunca dei
Você me avisar, me ensinar, falar do que foi pra você,
Não vai me livrar de viver
Quem é mais sentimental que eu?
Eu disse e nem assim se pôde evitar.
De tanto eu te falar você subverteu o que era um sentimento e assim
Fez dele razão
Pra se perder no abismo que é pensar e sentir
Ela é mais sentimental que eu!
Então fica bem
Se eu sofro um pouco mais.
"Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente.
Se ela te fosse direta, você a rejeitaria."
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
Eu sei, não é assim, mas deixa
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Déjà vu

aquele era um dia decisivo. sabia disso e por isso estava ansioso. sabia o que estava por acontecer, mas não poderia prever aquele final. confesso, não queria prever aquele final (esse era o meu real desejo, por mais que isso me custasse). olhava para os lados, queria disfarçar minha tensão. acho que conseguia. e a brisa soprava como se fosse uma tentativa de acalmar o coração. procurava conversar, esperava pela chuva. tudo era em vão. de repente, o momento tão esperado. esperei que o coração acelerasse. ele acelerou. mas já não foi mais como antes. o coração disparou, mas logo retomou às suas batidas regulares. só que dessa vez se protegeu. mantive uma certa distância, acho até que compreensível. às vezes parece que essas atitudes são extremamente frias, calculadas. mas tudo aquilo tinha um custo. uma avalanche de sensações e pensamentos sobre mim. e o que fazer? deixei tudo acontecer. senti, pensei e agi. e é assim que deve ser: a razão que sente. claro que os erros ainda vão acontecer, que podem estar acontecendo, podem ter acontecido. mas não vai ser mais como antes... a reação agora é imediata porque o tempo não pára para que a gente possa se reconstruir. então, aquele momento que esperava chegou. e passou. pois a vida é assim: feita de momentos que passam, lembranças, mas sobretudo do presente. mas ainda podia sentir que ainda havia algo ali. talvez adormecido. mas sei que já não era mais o mesmo. foi uma linda paixão. então, sabia que definitivamente era a hora de recomeçar...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

sobre o tempo

a grande verdade sobre o tempo: ele não pára.

ÚLTIMA PÁGINA (Flora Figueiredo)
Mais uma vez o tempo me assusta.
Passa afobado pelo meu dia,
Atropela minha hora,
Despreza minha agenda.
Corre prepotente,
A disputar lugar com a ventania.
O tempo envelhece, não se emenda.
Deveria haver algum decreto
Que obrigasse o tempo a desacelerar
E a respeitar meu projeto.
Só assim, eu daria conta
Dos livros que vão se empilhando,
Das melodias que estão me aguardando,
Das saudades que venho sentindo,
Das verdades que ando mentindo,
Das promessas que venho esquecendo,
Dos impulsos que sigo contendo,
Dos prazeres que chegam partindo,
Dos receios que partem voltando.
Agora, que redijo a página final,
Percebo o tanto de caminho percorrido
Ao impulso da hora que vai me acelerando.
Apesar do tempo, e sua pressa desleal,
Agradeço a Deus por ter vivido,
Amanhecer e continuar teimando ...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

by Renato Russo

"Quem me dera se ao menos uma vez provar que quem tem mais do que precisa ter, quase sempre se convence que não tem o bastante. Fala demais por não ter nada a dizer. Quem me dera se ao menos uma vez que o mais simples fosse visto como o mais importante, mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente."

"Palavras são erros e os erros são seus, não quero lembrar que eu erro também..."

"Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo prefiro acreditar no mundo do meu jeito..."

"Sei o que devo defender e por valor eu tenho e temo o que agora se desfaz... Estes são dias desleais... Reconheço meu pesar quando tudo é traição, o que venho encontrar é a virtude em outras mãos... É a verdade que assombra, o descaso que condena, a estupidez o que destrói. Eu vejo tudo o que se foi e o que não existe mais..."

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Cada ação, uma consequência

"Rir é se arriscar a ser bobo,
Chorar é se arriscar a parecer sentimental.
Querer alguém é se arriscar ao compromisso.
Expressar sentimentos é se arriscar ao desprezo,
Expor seus sonhos frente às pessoas é arriscar-se ao ridículo,
Amar é arriscar-se a não ser correspondido,
Adiantar-se na presença de adversidades é arriscar-se à falha,
Mas os riscos devem ser enfrentados..."

viva dom quixote!!!! viva!!!!!

um dia que não vou esquecer. a ingenuidade que existia em mim é desfeita como um passe de mágica. várias pessoas próximas a mim, pensava que os conhecia... pensava que pensavam igual a mim, ao menos de forma parecida... pensava, não penso mais... o que se pode esperar das pessoas? agora, mais nada. a gente vê certas coisas e pensa que nunca vai acontecer com a gente... ledo engano!!! a vida é a mesma para todos... tenho alguns valores que não me permitem tomar certas atitudes... algumas coisas para mim são sagradas... tudo que aprendi na minha vida não pode ser desfeito assim... tão de repente. o mundo não é perfeito, isso eu sei... a imagem que eu tenho dele aos poucos vai ficando mais turva...mas de tudo que é negativo pode-se tirar algo de bom... ainda existem pessoas que se importam com as outras, que possuem valores maiores... e fico feliz por saber que ainda existem pessoas assim. apesar dos pesares (que são muitos) ainda acredito nas pessoas, por mais que saiba que vou me decepcionar... e muito (eu digo muito mesmo!!!).

"Tudo bem até pode ser que os dragões sejam moinhos de vento,
muito prazer ao seu dipor se for por amor às causas perdidas...
Por amor às causas perdidas"

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

não, a vida não é uma roda gigante II

pois é... a vida não é uma roda gigante. isso pra mim é fato. não acredito mais nessa teoria tão pessimista (que destino o nosso!!!). também não tenho dúvidas de que o "mundo" dá voltas. estou desenvolvendo uma nova teoria sobre a vida. aos poucos as minhas idéias vão se assentando e tudo vai ficando cada vez mais transparente..., aos poucos.
enquanto isso

THE SCIENTIST (Coldplay)

Come up to meet you / Estou indo te encontrar
Tell you I'm sorry / Te dizer que eu sinto muito
You don't know how lovely you are / Você não sabe quão adorável você é
I had to find you / Eu tive que encontrar você
Tell you I need you / Te dizer que eu preciso de você
And tell you I set you apart / E te dizer que eu te deixei de lado
Tell me your secrets / Me conte seus segredos
And ask me your questions / E me pergunte suas dúvidas
Oh let's go back to the start / Oh vamos voltar para o começo
Running in circles / Correndo em círculos
coming tails / Atrás de nossos rastros
Heads on a silence apart / Pensando no silêncio quebrado
Nobody said it was easy / Ninguém disse que era fácil
It's such a shame for us to part / Oh é mesmo uma pena nós nos separarmos
Nobody said it was easy / Ninguém disse que era fácil
No one ever said it would be this hardoh / Ninguém nunca disse que seria tão difícil
Oh take me back to the start / Oh leve-me de volta ao começo
I was just guessing at / Eu há pouco estava adivinhando
numbers and figures / Números e dígitos
Pulling the puzzles apart / Solucionando os quebra-cabeças
Questions of science / Questões de ciência
science and progress / Ciência e progresso
Do not speak as loud as my heart / Não falam tão alto quanto meu coração
And tell me you love me / Diga-me que me ama
Come back and hold me / Volte e me abrace
Oh and I rush to the start / Oh e eu corro para o começo
Running in circles / Correndo em círculos
Chasing tails / Perseguindo rastros
Coming back as we are / Voltando para o que nós somos...
Nobody said it was easy / Ninguém disse que era fácil
Oh it's such a shame for us to part / Oh é mesmo uma pena nós nos separarmos
Nobody said it was easy / Ninguém disse que era fácil
No one ever said it would be so hard / Ninguém nunca disse que seria tão difícil
I'm going back to the start... / Eu estou voltando para o começo...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

não! a vida não é uma roda gigante.

Ontem me disseram para que eu tratasse sempre bem as pessoas, que eu fosse sempre correto, para que eu procurasse nunca decepcionar as pessoas. tudo isso sabe por quê? porque dizem que a vida é uma grande roda gigante. e o mundo dá voltas!!! hoje você pode estar por cima, amanhã por baixo. durante muito tempo acreditei nessa teoria e a tomava por verdadeira. mas depois de passar por poucas e boas (a vida nos prega cada surpresa!!! será??), descartei por completo esta idéia. pensei: se fosse assim nada adiantaria, pois a roda não pára de girar. não acredito que a nossa vida seja um eterna roda. não é possível que a vida seja assim: uma rota já pré-definida. além disso, se a vida fosse mesmo uma roda gigante, como as pessoas vão se encontrar? as pessoas vão saltar umas até as outras? com a roda em movimento? isso seria loucura e a vida não é feita só disso. que valor teria a felicidade se a gente sabe que ela é passageira? se a vida é uma roda, ela não pára, ela não vai girar devagar e nem mais rápido. logo, os momentos de tristeza seriam equivalentes aos de felicidade. não posso e não quero acreditar que sempre depois de um momento de alegria venha um momento triste. claro que tudo passa, tudo sempre vai passar, mas não é possível esse encadeamento lógico: bom-mau-bom-mau... pensar na vida como uma roda gigante é ter uma visão muito pessimista sobre ela. não acredito nisso. não mais!

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Eu, caçador de mim

Por tanto amor, por tanta emoção, a vida me fez assim:
manso ou feroz, doce ou atroz. Eu, caçador de mim.
Preso a canções, entregue a paixões que nunca tiveram fim.
Vou me encontrar longe do meu lugar.
Eu, caçador de mim.
Nada a temer senão o correr da luta...
Nada a fazer senão esquecer o medo...
Abrir o peito à força numa procura...
Fugir as armadilhas da mata escura
Longe se vai, sonhando demais. Mas onde se chega assim?
Vou descobrir o que me faz sentir:
Eu, caçador de mim.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

quem somos?

quem já não teve que responder a pergunta: quem sou eu?
a pergunta nos faz pensar e perceber o grande desafio que possuímos em nossas vidas: "Conhece-te a ti mesmo". como explicar os nossos atos? como entender o que fazemos?
a gente faz muita coisa e depois acaba se perguntando: o que foi que eu fiz? às vezes, o que talvez seja muito pior: por que não fiz isso? é um tanto intrigante.
como podemos conhecer outra pessoa se não nos conhecemos?
olhar pra dentro de si. voltar para si mesmo.
quando a gente faz isso, acabamos percebendo que muitas vezes pensamos algo e realizamos outra, às vezes, completamente diferente daquilo que havíamos pensado. então, quem somos? o pensamento ou a ação, o interno ou o externo? penso que a resposta consiste numa relação de correspondência. o pensamento deve corresponder a ação (e os sentimentos? e as emoções?). a nossa ação deve corresponder ao que somos. e para mim, não restam dúvidas...
Não é quem somos por dentro, e sim o que fazemos que nos define.
por isso: conhece-te a ti mesmo!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

a origem

sabe-se que o mundo é repleto de fatos. estes podem ser observados.
todos os dias, novos fatos, novas experiências. a repetição exaustiva, o dia-a-dia, faz com que a gente desenvolva hipóteses, verdadeiras ou não. sobre os fatos tiramos nossas conclusões: verdadeiras teorias, que serão derrubadas assim que o mundo mostra que tudo que pensávamos fosse verdade, na verdade, não é. Mas será que existe alguma conclusão a que podemos chegar que possa ser tida como absoluta? verdadeira, imutável, universal? o cientista observa, pensa, experimenta, testa, repete, tira suas conclusões e elabora uma teoria. a idéia de tudo isso é aprender, é conhecer mais sobre a vida. pra tudo isso o cientista precisa ser imparcial na interpretação dos seus resultados. mas somos humanos e isso nos torna completamente parciais (o sentimento aflora e grita. deixa o coração falar!!!). juntar evidências observáveis, baseadas no uso da razão. essa é a tentativa. mas a finalidade aqui é a última etapa de um cientista: a divulgação dos seus resultados. isso é o mais importante: compartilhar as nossas experiências, os nossos pensamentos...
vamos começar!